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Na volta das Colunas de Opinião a este site, o apego é o tema. Afinal, por quais motivos o temos? Por quais motivos desenvolvemos apego por certas coisas e/ou pessoas? E porque é tão difícil se desapegar de certas coisas e/ou pessoas? (Foto de RDNE Stock project para Pexels) |
AVISO AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome já diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados, não representando necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço, enquanto veículo de imprensa (emitido somente por meio de nossos Comunicados Oficiais e Editoriais).
Por João Gabriel Silva
O apego amoroso é um aspecto essencial das relações humanas, refletindo como nos conectamos emocionalmente com os outros. Essa forma de apego representa a ligação que criamos com pessoas importantes em nossas vidas, como parceiros românticos, familiares e amigos. Esse vínculo se manifesta em sentimentos profundos de carinho, intimidade e dependência emocional.
Contudo, não escolhemos a quem nos apegamos emocionalmente, pois tendemos a repetir o apego que tivemos na infância.
O apego costuma ser classificado em diferentes estilos que influenciam a maneira como nos relacionamos. Por exemplo, os estilos de apego seguro, ansioso e evitativo, descritos pela psicologia, mostram como as experiências na infância podem moldar nossas interações na vida adulta.
Indivíduos com apego seguro tendem a se sentir confortáveis ao dar e receber amor, enquanto aqueles com apego ansioso podem se preocupar excessivamente com a reciprocidade desse amor, e os que possuem apego evitativo podem ter dificuldade em se abrir emocionalmente.
Esses estilos de apego podem afetar tanto a qualidade das relações quanto nossa saúde mental e bem-estar geral.
Relacionamentos baseados em um apego seguro costumam oferecer suporte emocional, gerando um sentimento de segurança e felicidade. Em contraste, o apego inseguro pode causar conflitos, ciúmes e ansiedade, prejudicando a dinâmica relacional.
Além disso, o apego amoroso também pode ser visto em termos da capacidade de amar e se relacionar ao longo da vida. À medida que amadurecemos, nossas experiências e aprendizados influenciam nossas conexões. É comum que as pessoas ajustem suas estratégias de apego durante diferentes fases da vida, respondendo a novos desafios e oportunidades de crescimento pessoal.
Em resumo, o apego é uma força poderosa que molda nossas vidas, impactando nossas emoções e a qualidade de nossas relações. Entender como esse apego funciona pode nos ajudar a criar vínculos mais saudáveis e satisfatórios, promovendo um maior entendimento sobre nós mesmos e aqueles que amamos.
Lacan dizia que somos seres de falta, isto é, estamos sempre em busca de encontrar algo que nos complete, porém, essa falta jamais será preenchida, geralmente esse objeto está relacionado à uma pessoa, ou seja, esse algo que nos falta é muitas vezes entendido como alguém que nos falta, por isso tendemos a buscar por alguém para nos apegar amorosamente e enfim sermos completos.
Muitas vezes essa falta é muito poderosa devido as nossas vivências e nisso procuramos desesperadamente por essa pessoa que idealizamos ser a nossa completude, nesse percurso encontramos várias pessoas e nos apegamos a qualquer migalha, isso termina por ser um grande erro que irá gerar grande sofrimento, por isso precisamos entender qual nosso estilo de apego e termos a paciência e sabedoria de saber que ninguém conseguirá se completar e que é preciso saber viver com essa falta.
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