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Nesta Coluna de Opinião pós-Carnaval, o historiador e colunista João Gabriel Silva compartilha com os leitores sua experiência em um dos dias do Carnaval em Buíque, no agreste pernambucano (Foto de Pixabay para Pexels) |
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Por João Gabriel Silva
Bem, amigos, depois de alguns textos bem reflexivos sobre questões de abandono e luto por um amor não correspondido, vamos a algo diferente. Hoje, comentarei sobre a minha aventura carnavalesca ocorrida no dia 2 de março de 2025.
Bom, quem me conhece sabe que sou avesso a festas, lugares com muitas pessoas e barulhos altos — há quem me chame de antissocial. Enfim, essa foi a segunda vez que fui ao Carnaval de Buíque: a primeira foi em 2020, antes da pandemia de Covid-19. E tudo isso graças aos esforços dos meus dois amigos mais antigos, Josué e William.
As festas de Carnaval são eventos peculiares, com pessoas, cheiros e emoções diversas. Para alguém que não gosta de sair para festas, torna-se uma verdadeira aventura participar por um dia. Este é o meu caso. Prefiro ficar em casa lendo ou assistindo algo, mas meus amigos, todos os anos, insistem para que eu vá com eles. Geralmente, recuso, mas desta vez prometi que iria, para não parecer mais chato do que normalmente sou.
O dia foi escolhido pela minha vontade de assistir ao show de Kuré Elétrico e MC Troinha, por razões que não merecem mais linhas neste texto.
Houve partes engraçadas e outras nem tanto. Encontrei velhos conhecidos que ficaram surpresos ao me verem em um evento desses. Conheci novas pessoas, algumas meio estranhas. Fui deixado sozinho com uma mulher aparentemente um pouco perturbada e tive de ser uma espécie de babá até o pessoal voltar.
Pelo menos aprendi uma lição: não tomar os seus remédios para poder beber é uma péssima ideia.
Olha, se você não está acostumado a esses locais, algumas coisas podem acontecer: suas pernas doem por ter que ficar muito tempo em pé; se você não bebe ou fuma, os cheiros vão incomodar; sem contar que algumas pessoas ainda usam substâncias perto de você, além dos odores corporais desagradáveis.
Há prós e contras. Ah, fique longe do palco também, senão você ficará por um tempo com um zumbido chato no ouvido, tipo o som de uma cigarra.
No geral, foi uma experiência ótima. Pulei, gritei e até dancei. Detalhe: eu não sei dançar.
Para uma aventura de um dia, foi excelente, desde que você esteja perto de amigos (mesmo que eles aprontem com você). O segredo é se dispor a viver algo novo com responsabilidade, sem tentar fingir ser quem você não é.
Ou seja, se você é introvertido, não bebe ou fuma, não precisa mudar só para se enturmar. Aproveite do seu jeito que está tudo bem. Não é necessário vibrar na mesma frequência dos outros.
Quem sabe você até queira repetir... ou não. Pelo menos, até o zumbido sair do meu ouvido, evitarei voltar a esse tipo de lugar.
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