OPINIÃO: NÃO REJEITE ESTA COLUNA

Seja dos pais, dos amigos, por amor ou no trabalho, a rejeição é o ato que mais incomoda um ser humano. E é sobre ele que falaremos nesta Coluna de Opinião (Foto de ROCKETMANN TEAM para Pexels)


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AVISO AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome já diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados, não representando necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço, enquanto veículo de imprensa (emitido somente por meio de nossos Comunicados Oficiais e Editoriais).


Por João Gabriel Silva



A rejeição é uma emoção complicada que todos nós passamos em algum momento de nossas vidas, ela pode ocorrer em relacionamentos amorosos, amizades, no trabalho ou até na família. 
Segundo a autora Lise Bourbeau, a rejeição é uma das cinco feridas emocionais que impedem a nossa felicidade; geralmente, ela é criada na infância. A pessoa que sofre dessa ferida sente-se rejeitada em seu ser e, principalmente, no seu direito de existir. 
Fundamentalmente, a rejeição é a ação de “rejeitar”: é repelir, afastar, recusar, pôr de lado, largar, não acolher ou excluir uma pessoa ou suas ideias, cujos efeitos podem ser significativos e permanentes. As causas da rejeição são variadas e podem incluir diferenças de opinião que, em debates, levam à sensação de que a visão de um indivíduo não é aceita. 
No ambiente de trabalho, não receber uma promoção ou ser alvo de críticas pode gerar um sentimento de inadequação, semelhante à rejeição em relacionamentos íntimos, que muitas vezes é uma das experiências de exclusão mais difíceis de suportar. Isso ocorre porque a pessoa procura alguém que a ajude a completar-se e cria expectativas muitas vezes irrealizáveis. Não por querer, uma vez que criar expectativas é algo automático e não temos controle. 
Os efeitos da rejeição podem causar grande devastação na vida das pessoas, pois muitas vezes a rejeição não é explícita. Um exemplo comum é a mulher que não rejeita de uma vez o homem e o deixa viver com expectativas apenas para aumentar seu ego. Neste caso, a rejeição dela vem em “conta-gotas”, como um remédio amargo. 
Muitas pessoas lutam com a autoestima, sentindo-se menos valiosas após passarem por situações de rejeição, além de se sentirem inúteis e não merecedoras de viver ou receber coisas boas. Em casos mais graves, essas experiências podem levar a problemas de ansiedade e depressão, manifestando-se em sentimentos prolongados de inadequação e isolamento. 
Superar a rejeição é uma tarefa difícil, porém possível. Reconhecer e aceitar a dor e a tristeza é um passo fundamental, pois ignorar esses sentimentos pode intensificar a dor emocional. 
Buscar apoio de amigos, familiares ou profissionais é crucial para encontrar conforto e novas perspectivas. Analisar a situação e compreender o que ocorreu pode ajudar a aprender com a experiência e diminuir o impacto emocional. 
Praticar a autocompaixão é igualmente importante; tratar-se com gentileza, lembre-se que isso não vai durar a vida inteira, é apenas uma fase. Vai passar. 
Em síntese, embora a rejeição seja uma experiência dolorosa, ela faz parte da condição humana. Mesmo sendo dolorosa, pode gerar algum crescimento ou apenas dor e sofrimento: basta a quem sofreu fazer sua escolha. Sofrer por ela ou rejeitá-la e seguir sua vida.
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