OPINIÃO: RITMO DE FESTA QUE BALANÇA A ELEIÇÃO...

A festa colorida, divertida e de emoção envolvendo jacarés e camelos na campanha rumo à Prefeitura de Buíque, no agreste pernambucano, é o tema desta Coluna de Opinião. É bom ou não é? (Imagem produzida por meio de Inteligência Artificial, com o Criador de Imagens do Bing)


AVISO AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados e não reflete necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço (trazido somente em seus Editoriais e Comunicados Oficiais).


Por João Gabriel Silva


Tem se tornado comum usar o termo "festivo" para toda e qualquer atividade de campanha. Temos então a “visita festiva”, “caminhada festiva”, "carreata festiva", "sabatina festiva"... Ou seja, estamos em ritmo de festa. A bem da verdade, isso é mais uma demonstração da velha tática do pão e circo: uma distração muito bem feita, diga-se de passagem.
Temos uma multidão em muitos desses momentos, o que me faz até esquecer que muito dessa patuscada (festa animada regada a comida e bebida) é paga com nosso dinheiro, mas é ritmo de festa, né?
Uma parte importante desses eventos é a verborragia de muitos candidatos, que consiste no fato de que vários deles não conseguem articular um raciocínio completo, apelando para repetições desnecessárias e aplicações incorretas de certas palavras que ouviram uma vez na vida e acharam lindas, mas não sabem seu real significado; além da constante evocação do nome de Deus que, creio eu, não tem nenhum interesse em política, principalmente na belíssima política buiquense. Nada contra, mas não somos tão importantes assim. Se fôssemos, ele teria tirado seu título de eleitor aqui no prazo e, possivelmente, sua seção seria na Rebeira.
Voltemos à festa: não queremos seriedade, queremos diversão. Sair dessa mesmice e se divertir, afinal, só daqui a quatro anos entraremos no ritmo de festa novamente.
Nesse momento, coloque sua Juliette, vista seu gorro de animal (seja ele um réptil ou um dromedário), pois muito provavelmente você já estará fazendo o papel de um... Não importa!
Faça a festa chamando suas colegas de trabalho, entretanto vale um conselho: não brigue com seu coleguinha, mesmo que ele seja do outro lado. Ele não é inimigo, é apenas um chato que não quer entrar no ritmo da sua festa. Também não invente de sair perguntando por aí quem quer dinheiro.
Não queremos esse negócio de debate. Troca de ideias não combina com o ritmo da festa. Ela só dura alguns meses, mas a conta demora anos para ser paga... Não importa, estamos todos em ritmo de festa. Ideias não ganham, a diversão é a melhor opção. Pois é, estamos todos no Ritmo, é ritmo de festa...
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