OPINIÃO: A "CORRIDA MALUCA" RUMO À PREFEITURA DE BUÍQUE


Aproveitando que as Olimpíadas de Paris estão em seus últimos dias de competições, esta Coluna de Opinião fará um breve comparativo entre uma das provas mais conhecidas e nobres do atletismo, os 100 metros rasos, com a pobre e rasteira disputa eleitoral que costuma ocorrer a cada 4 anos no município do agreste pernambucano (Imagem criada por meio de Inteligência Artificial, com o Criador de Imagens do Bing)

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AVISO AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados e não reflete necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço (trazido somente em seus Editoriais e Comunicados Oficiais).


Por William Lourenço


Inspirado no clima de Jogos Olímpicos (que já irão se encerrar neste domingo) e criativamente desafiado após meu amigo Gabriel ter emplacado duas Colunas de Opinião envolvendo esportes e eleições, eu resolvi escrever a minha Coluna seguindo essa linha também.

Diferente do meu sócio, vejo a disputa eleitoral mais como uma corrida de 100 metros rasos. Os candidatos a Prefeito são, aqui, os competidores em suas respectivas raias. Todo treino, todo aquecimento feito até ali será literalmente colocado à prova naquela linha reta e tão curta.

A comparação à eleição municipal faz certo sentido quando você se lembra que a tal "corrida" começa de forma oficial em 16 de agosto e vai até 03 de outubro, com o período de campanhas eleitorais. Claro que tem sempre os que buscam queimar a largada e sair antes, buscando uma liderança indevida. Assim como o Dick Vigarista. Claro que o personagem dos cartunistas americanos William Hanna e Joseph Barbera se ferrava toda vez pelas trapaças que fazia, perdendo todas as disputas da Corrida Maluca. Só que aqui era uma corrida de carros: voltemos ao foco.

Numa pista curta, aparentemente sem obstáculos, o desempenho dos competidores é determinante para saber quem terminará como vencedor. Aquele que dispara nos primeiros metros pode perder fôlego nos últimos, enquanto o que está mais lento no início pode simplesmente meter o Modo Turbo no fim e ultrapassar o adversário autodeclarado campeão... Ou pode o favorito, simplesmente, manter o pique em toda a corrida e vencer sem fazer esforço enquanto o outro competidor, mesmo se matando de correr e fazendo o máximo de força possível nas pernas, não consegue chegar nem perto do adversário.

E por mais que a tal "pista curta" se apresente sem obstáculos, isso não significa que os competidores não possam vir a cair ou a serem pegos e desclassificados durante o percurso. A vista grossa dos juízes (eleitorais), o barulho das torcidas, as fichas corridas dos indivíduos, as estratégias de jogar empecilhos aos adversários em suas raias... Talvez seja aqui que a corrida eleitoral nos municípios se distancie da nobreza dos 100 metros rasos olímpicos e se aproxime cada vez mais da baixaria antidesportiva. Em Buíque então, nem se fala...

Se os atletas se preparam para o ciclo olímpico a cada quatro anos com muito treino e até pouco incentivo (de torcida e financeiro), os grupos políticos representados pelos animais na imagem acima se utilizam das mesmas velhas armas de deterioração pública das imagens de seus adversários, das idas e vindas de integrantes que migram de um lado a outro como patos tontos voando para o Sul (unicamente em defesa de seus próprios privilégios), da conversa mole, da enganação, da compra (literalmente) dos demais participantes do jogo... Enfim... É uma corrida, embora curta, traiçoeira, desleal e até desgastante: tanto para competir quanto para acompanhar.

E só pra deixar registrado, não se empolguem nem se decepcionem com a ordem dos animais na ilustração trazida aqui: foi coisa do criador de imagens por Inteligência Artificial. Qualquer semelhança com a realidade (ou seja, um jacaré e um camelo de verdade disputando uma medalha de ouro nos 100 metros rasos de uma Olimpíada) será pura, mera e bizarra coincidência.

William Lourenço

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