OPINIÃO: O TRABALHO NÃO É RUIM, RUIM É TER QUE VOLTAR A TRABALHAR

 

Depois de 16 dias de descanso, os administradores do Podcast Cafezinho voltam às suas atividades normais neste veículo de imprensa. Esta Coluna de Opinião, por exemplo, irá abordar o que aconteceu neste tempo de pausa. E olha, foi muita coisa... (Foto de Pixabay para Pexels)

AVISOS AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados e não reflete necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço (trazido somente em seus Editoriais e Comunicados Oficiais)

As notícias da Agência Einstein, que normalmente são veiculadas neste horário, retornarão ao site na próxima segunda-feira, dia 15 de julho.


Por William Lourenço


Fala, pessoal. Tudo em ordem?

Cá estou de volta depois de dezesseis dias afastado deste site e de qualquer coisa que envolvesse o Podcast Cafezinho. Já adianto que, ao contrário do que a imagem acima possa ilustrar, minha folga se resumiu basicamente em ficar em casa, dormir muito e não querer saber de notícia nenhuma, de lugar nenhum. Pra não dizer que não fiz nada, eu só organizei alguns textos antigos e lancei um novo livro: você pode clicar aqui, conferir e até garantir o seu exemplar na pré-venda. Fica a dica a quem vier me pedir algum livro: compre! É assim que se ajuda um escritor.
Neste período de hibernação, até que aconteceram muitas coisas interessantes na região. Além das grandes festas de São João em Caruaru e Arcoverde, obviamente, e da ausência de grandes festejos em Buíque (mais óbvio ainda)...
Teve um arraial, no dia em que saí de licença, que deu uma confusão lascada: resumidamente, uma discussão besta entre o chefe do Departamento de Trânsito e um vereador. Mistura de desorganização com picuinha política, uma vez que teremos eleição municipal. Nada tão surpreendente, quando lembramos que aqui ainda é um município onde se tabelam as coisas por baixo.
Falando em festejos, foram anunciadas as atrações daquele Festival Pernambuco Meu País, organizado pelo Governo do Estado e que passará por oito municípios entre 12 de julho e 1º de setembro. Buíque está entre estes municípios, com shows entre 30 de agosto e 1º de setembro, encerrando este festival. Puxa-sacos de Arquimedes Valença atribuíram a ele a vinda de atrações como Roberta Miranda, Dudu Nobre e Caninana, mesmo tudo sendo pago por Raquel Lyra. Sendo justo, não direi que não houve esforço dele para que esse festival ocorresse aqui. Isso teve, até para buscar sair da prefeitura em dezembro de uma forma minimamente decente. Só que, quando comparado com os demais municípios participantes, parece que Buíque ficou a lista mais fraca. Sua vizinha Arcoverde terá, por exemplo, Capital Inicial em 25 de agosto.
Festa junina lembra fogueira. E o Município de Buíque pode se queimar ainda mais nas próximas semanas, na justiça. Existem, pelo menos, cinco processos em tramitação no Superior Tribunal de Justiça movidos por ex-funcionários contratados pela Prefeitura que cobram dela o pagamento de férias e demais direitos previstos em lei durante o período em que tiveram vínculo trabalhista. Uma destas ações tramita desde 2012 e a mais recente delas foi aberta em 2022. Todas elas já haviam sido julgadas no Tribunal de Justiça de Pernambuco, condenando a Prefeitura de Buíque a efetuar estes pagamentos. E, dada a jurisprudência do próprio STJ sobre o assunto, dificilmente o resultado da condenação será revertido, mas isso será melhor destrinchado somente depois de agosto (que é quando o Plenário da corte iniciará estes julgamentos).
Existem também dois processos relacionados a pagamentos de gratificações dos servidores municipais que a Prefeitura deixou de fazer, além daqueles que obrigam o prefeito a nomear dois aprovados no concurso público feito em 2016. Em todos os casos, a Prefeitura perdeu as ações e recorreu ao STJ. A depender do que for decidido (a favor ou contra a Prefeitura), isso poderá respingar em Túlio Monteiro: atual vice-prefeito, representante do governo e que mira assumir a vaga de Arquimedes.
Também no STJ, foi marcado para o dia 06 de agosto o julgamento que pode definir se o ex-prefeito Jonas Camelo Neto terá ou não mais oito anos de inelegibilidade para a conta. Nesta ação, que já foi abordada aqui neste site, ele havia sido multado pelo Tribunal de Contas da União por supostas irregularidades cometidas, enquanto ele era prefeito, em convênios firmados com o governo federal e apelou para tentar reverter três acórdãos do TCU, pois sua manutenção pode sim enquadrá-lo na Lei de Inelegibilidade. A depender do que for decidido (a favor ou contra ele), isso poderá respingar em Jobson Camelo: irmão de Jonas e que busca ser prefeito, após a desistência dele por conta da sua inelegibilidade.
Enfim, minha folga acabou. O que eu lamento, mas uma hora eu teria que voltar a trabalhar. E daqui até o Natal, terá muito trabalho, muita coisa para acompanhar e compartilhar. Talvez eu diminua cada vez mais as atividades por aqui já no ano que vem, se for o caso, para me dedicar mais a outras atividades. Como ter algumas poucas boas noites de sono, por exemplo. E é só isso.
William Lourenço

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