OPINIÃO: HABEMUS CARNAVAL EM BUÍQUE. CUMPRA-SE. INTIME-SE. FESTEJE-SE.

Em sua mais nova Coluna de Opinião, o historiador João Gabriel Silva dá seu parecer sobre a festa que voltará a ocorrer em Buíque após quatro anos e como ela é usada de forma politiqueira no município do agreste pernambucano (Foto de Rosemary Ketchum para Pexels)



Por João Gabriel Silva

Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que haverá Carnaval em Buíque...
Para surpresa de poucos, a Prefeitura de Buíque anunciou que vai ter Carnaval, mesmo constantemente alegando falta de recursos, baixando decretos de contenção de gastos em sequência, suspendendo direitos dos funcionários (como férias, licenças prêmio, entre outras tantas coisas)...
Mas ao se aproximar as festividades de Carnaval, era bola cantada que houvesse uma mobilização para realização do evento, ainda mais por ser um ano eleitoral e que a política do pão e circo se mostra quase sempre certeira nesses momentos. O povo, em sua maioria, se mostra anestesiado diante de grandes atrações e se esquece dos problemas “triviais” que assolam a cidade, tais como: a falta de saneamento básico, a falta de remédios, de materiais de curativo, de transporte escolar decente e mais uma infinidade de coisas que passarão mais um tempo esquecidas. Afinal a prioridade é se divertir e se embriagar por quatro dias, e quem for contra é só mais um chato.
É triste pensar que uma coisa tão banal é capaz de deixar bestializada uma cidade inteira que sofre há anos com sucessivas más administrações e que não tem perspectiva de melhora no futuro próximo e, nesse sentido, as festas sempre foram os trunfos desses grupos políticos para ganharem (ou comprarem, fica a seu critério) simpatia dos eleitores. Ético? Talvez não seja muito, mas na política não se ganha sendo ético: se ganha usando da esperteza e dando aquilo que a massa quer.

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