A segunda parte da Retrospectiva 2023 em nosso site vai falar, desta vez, sobre as notícias nacionais e internacionais que mais impactaram neste ano que caminha para o fim.
Após uma eleição presidencial polarizada, conturbada e desgastante, Luís Inácio Lula da Silva (PT), que se sagrou eleito em cima de Jair Bolsonaro, enfim assumiu o cargo de Presidente da República pela terceira vez. Prometendo mundos e fundos como todo político, coube a ele a difícil missão de conduzir um país que vem patinando economicamente desde 2015 e de recuperar a confiança da maioria da população, manchada pelas acusações de corrupção, processos e condenações ocorridas durante a Operação Lava Jato, que culminaram em sua prisão e impugnação de sua candidatura presidencial em 2018.
Desgastes internos com pautas nada relevantes ao país (uso de pronome neutro em cerimônias públicas, por exemplo, e aquela cena do "batcu" num encontro do Ministério da Saúde pago com dinheiro público), escândalos de rachadinha com um deputado federal da base aliada (André Janones), o não cumprimento da promessa de mais diversidade nos quadros do poder (com as indicações de homens brancos às vagas deixadas no Supremo Tribunal Federal e Procuradoria-Geral da República, em vez de mulheres ou negros), as trocentas viagens internacionais feitas por ele e pela antipática primeira-dama Rosângela (tudo custeado pelos impostos pagos pelo contribuinte), as diversas cobranças de impostos para assim manter os altos gastos da máquina pública sem propor nenhum corte ou redução de imposto (num ano em que houve aumento de salários do Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiro), o patético quebra-quebra do 8 de janeiro, as tentativas e até aprovações de leis que passaram a cercear certas liberdades e garantias individuais dos cidadãos (PL das Fake News, Lei Anti Piadas, etc.)... Enquanto tenta passar novamente uma falsa imagem de "gente boa" a outros líderes mundiais, os problemas internos aos quais prometeu combater desde seu primeiro mandato, em 2003, continuam e estão sendo mantidos por ele pelos seus pares: os pobres continuam atolados em sua pobreza, os ricos continuam sendo privilegiados, a prometida reforma agrária não passou de uma utopia (inclusive, houve atrito público entre o PT e o MST pelo controle das superintendências regionais do INCRA) e o famigerado "cercadinho" de seu antecessor só mudou a cor da camisa: de verde e amarelo para vermelho.
Não bastasse tudo isso, em 07 de outubro, o grupo terrorista Hamas resolveu fazer um ataque no território de Israel, iniciando outra guerra. E as patinadas do governo brasileiro em não condenar de imediato os ataques, tampouco o grupo terrorista, foram desgastando ainda mais a imagem de neutralidade da diplomacia brasileira.
E mais recentemente, dois fatos envolvendo países da América do Sul trouxeram ainda mais pressão ao líder brasileiro: a vitória de Javier Milei (considerado ultraliberal e que já declarou detestar o político de esquerda) para a Presidência da Argentina; e a intenção de Nicolás Maduro (seu aliado histórico e que comanda a Venezuela) em tomar uma parte do território da Guiana. E o ano de 2024 não promete ser nada tranquilo no cenário político mundial...
E amanhã, encerrando nossa série especial da Retrospectiva 2023, falaremos sobre as notícias de Buíque e região que movimentaram o ano.
Lembrando também que nosso canal no YouTube transmitirá o Especial da Retrospectiva 2023 com exclusividade nesta segunda-feira, dia 25, às 9 da noite.