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| Encontro entre William Lourenço e o radialista Tony Silva ocorreu na última sexta-feira, no programa Tendência Digital. Na ocasião, ambos conversaram sobre a política local e como será desenvolvido o papel da imprensa nas eleições do ano que vem. |
O jornalista William Lourenço, um dos criadores e administradores do Podcast Cafezinho, participou na última sexta-feira do programa Tendência Digital, comandado pelo radialista Tony Silva na Live TV Buíque. A conversa durou mais de uma hora e meia, sendo bastante elogiada pelo público que acompanhou a transmissão: tanto pelos assuntos abordados quanto pela cordialidade entre ambos os profissionais de imprensa.
William destacou a importância desse encontro na entrevista: "a gente tem uma relação de cordialidade, todo mundo trabalha por um bem comum", citando outros profissionais como Adauto Nilo (do Giro Social B), San Silva (da San Produções e Eventos) e Ricardo Resende (da Rede Vale), e completou:
"Esse é o nosso papel: de ajudar a sociedade buiquense a se ver de uma forma diferente, sob pontos de vista diferentes, mas que cheguem num denominador comum pra que ela cresça, se desenvolva cada dia mais e cada vez mais, para que todos sejam beneficiados de uma forma positiva com o nosso trabalho"
Com a proximidade das eleições municipais no ano que vem, obviamente que este assunto foi abordado no programa: o que se pode esperar dos candidatos às vagas na Câmara de Vereadores e Prefeitura, como a imprensa deverá trabalhar e a possibilidade do ex-prefeito Jonas Camelo voltar à disputa eleitoral, e logo contra o atual vice-prefeito Tulio Monteiro (ou não). O criador do Podcast Cafezinho deu suas opiniões sobre esses tópicos:
"Ainda é muito cedo para se definir a situação eleitoral dele (Jonas Camelo) como candidato ou não. Pelo número de processos aos quais ele responde, o tempo de prescrição ao qual cada processo tem (...) Então, a própria Assessoria Jurídica dele, na minha visão, está com a devida cautela, analisando caso a caso, para que, quando iniciar o processo de registro de candidatura, eles possam ter um caminho melhor definido sobre o lançamento da candidatura ou, sei lá, um eventual apoio de Jonas a outro que se candidate"
"Estão dizendo que (Túlio Monteiro) será em definitivo o substituto de Arquimedes (Valença, atual prefeito de Buíque) e o provável candidato da situação. A depender do que ele possa vir a fazer até o momento do registro de candidatura, enquanto vice-prefeito, ele pode ganhar mais adesão do eleitorado ou perder adesão do eleitorado. Então, nesse período... visão pessoal minha aqui... ele tem que passar a focar nas suas atribuições como vice-prefeito. Nem citar a possibilidade de uma candidatura agora. (...) Busque por meio dos seus assessores avaliar se seu nome é bem visto ou bem aceito, após a avaliação das suas atribuições como vice-prefeito e, depois disso, você pensa se vai se candidatar mesmo, se vai tentar a candidatura como prefeito ou se vai tentar apoiar alguém do seu grupo político como candidato, mas tudo tem que ser feito no prazo certo... Pode ser construído o nome agora? Pode, mas tem que saber como construir, porque senão você se complica e atrapalha também o eleitor que quer buscar um voto consciente. E quando o eleitor não vota consciente, quem se ferra é o município todo. (...) O foco, a meu ver enquanto cidadão, dele precisa ser esse. Até para que chame mais a atenção, atraia mais eleitores e cada vez mais pessoas pensem nele não somente como um cara que anda ao lado de Arquimedes, mas até como uma figura pública que pode ser cogitada como Prefeito pelo próprio nome"
"O nosso trabalho (da imprensa) é justamente fortalecer a crítica construtiva em cima das ações públicas. Não difamando nenhum candidato, não atentando contra a honra de nenhum candidato ou a integridade de nenhum candidato, mas trazendo à tona baseado em seus planos de governo, que eu espero que eles passem a apresentar com mais clareza e mais transparência a seus eleitores, críticas pontuais a pontos que você e eu podemos discordar, para que possamos chegar num denominador comum em benefício do município como um todo. (...) Ano que vem, a nossa responsabilidade vai ser gigantesca? Lógico. Maior do que a outra eleição? Sem dúvida. Porque existe um movimento dentro do próprio município de cada vez mais se exigir transparência dos candidatos, dos vereadores que estão eleitos, daqueles que irão se candidatar a vereadores, do Prefeito que está no exercício do mandato, dos candidatos que irão concorrer a Prefeito... Porque ano que vem, Buíque vai fazer 170 anos de emancipação política. Em 12 de maio, vai fazer 170 anos e, outra opinião pessoal aqui, é inaceitável e inconcebível um município com quase 170 anos de emancipação política, com um território gigantesco, uma população trabalhadora e criativa nas mais diversas áreas, não ser tão desenvolvido quanto cidades vizinhas. Arcoverde, por exemplo, tem 95 anos só de emancipação e você vê a estrutura político-administrativa que tem por lá, comparada com Buíque, é quase de primeiro mundo. Isso, a gente não pode aceitar e isso a gente precisa cobrar daqueles que querem ser os representantes dos poderes, mas de forma consciente e inteligente. E equilibrada..."
O polêmico novo decreto de corte de gastos na administração pública buiquense (em vigor desde o dia primeiro de novembro), a fala infeliz da agora ex-vereadora Zirleide Monteiro (de Arcoverde) e a atuação da Câmara de Vereadores de Buíque nos últimos quatro anos também foram assuntos discutidos na entrevista concedida à Live TV Buíque. O Podcast Cafezinho com William Lourenço trouxe num episódio especial veiculado no fim de semana (sábado à noite no streaming de áudio e na madrugada de domingo pelo YouTube) um compacto com os trechos mais importantes deste programa, que registrou ótimos índices de espectadores e ouvintes em ambos os veículos.