NOTA DO PODCAST CAFEZINHO: a matéria passou por atualizações às 9:45 da noite e às 10:44 da noite desta segunda-feira, 13 de novembro de 2023, pois surgiram fatos novos durante a sessão plenária citada e estes fatos não poderiam ser adicionados em nova matéria a tempo hábil. Estas atualizações já constam no título e no final desta matéria.
A sessão da Câmara de Vereadores de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, que será realizada na noite desta segunda-feira, vai fazer a leitura da carta de renúncia de Zirleide Monteiro, que respondia a um processo de cassação de mandato na casa após proferir uma fala contra o filho de uma assistente social, portador do Transtorno do Espectro Autista, em Plenário no dia 30 de outubro. A mais recente decisão no Poder Legislativo arcoverdense, da Comissão Prévia instaurada especificamente para este caso, havia dado aval ao prosseguimento da denúncia, que seria votada esta noite.
Segundo prevê o Regimento Interno da Câmara de Vereadores e a Lei Orgânica do Município de Arcoverde, como foi trazido no parecer da Assessoria Jurídica da casa legislativa, pelo ato que motivou o processo ter sido aberto em função do mandato que Zirleide exercia, por ela ter renunciado, o objeto do processo foi extinto como consequência disso, não havendo assim nenhuma previsão dentro do município que obrigue a continuidade deste processo após a renúncia.
No pedido de renúncia enviado ao Presidente da Câmara, o vereador Wevertton Siqueira (Podemos), Zirleide disse que utilizou seus sete anos como vereadora "sempre em favor da população e das pessoas com mais necessidades, através de dezenas de projetos de lei voltados às pessoas deficientes, mulheres, LGBTQIAP+ e minorias", com a consciência tranquila de que cumpriu o seu papel em favor do povo de Arcoverde. Com isso, João Heriberto Ouriques da Silva (mais conhecido como Heriberto do Sacolão), do PTB, assumirá o mandato que se encerrará em 31 de dezembro do ano que vem.
O professor Fernandes Braga, irmão e advogado do delegado Israel Rubis (um dos que protocolaram a ação na Câmara de Vereadores) já havia dito que trabalharia para que o processo de cassação continuasse mesmo assim, pois segundo ele, essa foi uma estratégia processual adotada por Zirleide para não ficar inelegível nas próximas eleições e completou dizendo que ali não havia nada de arrependimento por parte dela.
Pela Lei da Ficha Limpa, se o processo continuasse e houvesse de fato a cassação do mandato, Zirleide Monteiro também ficaria impedida de concorrer a cargos eletivos por oito anos.