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O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) disponibilizou, por meio do DataSebrae, os dados do Boletim Mensal Sondagem Econômica relativos ao mês de julho de 2023. Esse boletim é realizado em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas.
Dentre os dados disponibilizados, está o chamado Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE). Para se chegar ao resultado deste índice, foram levados em conta as médias dos quesitos de Situação de Negócios, Demanda Ativa, Tendência dos Negócios e Demanda Prevista nos setores do Comércio, Indústria da Transformação e Serviços entre as MPEs em atividade no Brasil.
Em julho, o IC-MPE chegou a 92,9 pontos. Foi registrado um recuo de 0,8 ponto se comparado a junho (93,7 pontos). É a segunda vez em 2023 que este índice cai de um mês para outro: a primeira havia sido entre março e abril, recuo também de 0,8 ponto. Ainda assim, a pontuação de julho é a segunda melhor já registrada neste ano. O Índice de Confiança Geral, mais abrangente, teve um recuo de 0,6 ponto entre junho e julho, chegando a 93,9 pontos.
Quando levamos em conta os setores econômicos separadamente, dentro das Micro e Pequenas Empresas, o Comércio foi o que teve maior redução no Índice de Confiança em julho: -2,1 pontos. O indicador de Tendência de Negócios foi apontado como destaque negativo. As expectativas de curto prazo e a observação da situação atual da economia também contribuíram para essa redução. A Indústria da Transformação teve recuo de 2 pontos e os Serviços, recuo de 0,8 ponto.
Contribuíram negativamente para o Comércio entre as Micro e Pequenas Empresas: o varejo restrito (bens de consumo); veículos, motos e peças; e materiais de construção. O Norte/Centro-Oeste foi a região com maior queda neste setor: -7,4 pontos. O Nordeste vem logo atrás, com -5,9 pontos. O Sul foi a única região que registrou crescimento nesse índice, de 1,6 pontos.
No IC-MPE dos Serviços, o recuo em julho ocorreu, principalmente, por causa dos serviços prestados às famílias, os chamados serviços profissionais e outros, mas o recuo só não foi maior devido aos serviços de transporte, de informação e comunicação. O Nordeste foi a região em que o índice teve um aumento de 5 pontos, o maior já registrado dentre as regiões pesquisadas. Já o Norte/Centro-Oeste teve maior redução: -3,2 pontos.
No IC-MPE da Indústria, o vestuário contribuiu positivamente para o setor, mas não foi suficiente para conter a queda que foi puxada pelos alimentos, refino e produtos químicos, metalurgia e produtos de metal, dentre outros. O Sul foi a única região que registrou queda no índice deste setor (-3,3 pontos). O Sudeste registrou crescimento de 2,6 pontos, enquanto o Nordeste e o Norte/Centro-Oeste tiveram resultados positivos de 0,4 pontos.
Mais informações podem ser consultadas no site do DataSebrae.