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O Padre Airton Freire, de 67 anos, virou réu por conta dos casos de estupro e outros crimes sexuais aos quais ele foi acusado. A Justiça aceitou nesta segunda-feira as denúncias apresentadas pelo Ministério Público de Pernambuco, que se baseou em dois inquéritos da Polícia Civil. Além do religioso, outros três homens (todos ex-funcionários da Fundação Terra, que tem sede em Arcoverde, no sertão do estado) também viraram réus nas ações penais abertas.
As denúncias vieram a público em maio desse ano, após a personal stylist Sylvia Tavares disse que foi estuprada por Jailson Leonardo da Silva, então motorista do padre. Esse estupro teria acontecido em agosto do ano passado a mando de Airton, que presenciou e se masturbou durante o ato. Jailson está foragido desde então.
Por conta da repercussão do caso, outras cinco pessoas foram à Polícia denunciar que também tinham sido abusadas sexualmente pelos acusados. Além do Padre Airton e de Jailson, Landelino Rodrigues da Costa Filho (responsável pelas filmagens das missas, preso em Garanhuns) e um motorista indiciado por falso testemunho que não teve o nome divulgado foram denunciados pelo MP.
A Igreja Católica decidiu, ainda em maio, suspender o Padre Airton das suas atividades religiosas. Ele também se afastou das atividades que exercia na Fundação Terra, sempre negando as acusações. Em julho, ele foi preso preventivamente em Arcoverde. No dia 23 de julho, ele sofreu um princípio de AVC e foi encaminhado para um hospital do Recife sob escolta policial.
Ainda não há data para o julgamento do Padre Airton nem dos demais acusados na Justiça.
A defesa do Padre Airton reiterou, por nota, que ele é inocente com provas técnicas e testemunhais nos inquéritos, e que só não pode mostrá-las ainda pelo fato das investigações ocorrerem sob segredo de justiça. Informou também que uma das pessoas que denunciaram seu cliente teria cometido extorsão, mas que nem a Polícia Civil nem o Ministério Público de Pernambuco se pronunciaram sobre esse assunto; e que a prisão preventiva do religioso fere o direito internacional, porque ele nunca tentou impedir as investigações e se apresentou de forma espontânea às autoridades.
A defesa de Jailson Leonardo da Silva, que está foragido, disse que ainda não teve acesso à denúncia. Já a defesa de Landelino Rodrigues da Costa Filho disse que não tomou ciência nem teve acesso ao teor da denúncia contra seu cliente.