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Por João Gabriel Silva
Essa festa popular desperta sentimentos diversos nas pessoas, seja pelo fato da liberdade que ela dá, seja pelos problemas que ela causa.
Bem, como é sabido, o carnaval é uma festa pagã: sua origem remonta a antes do cristianismo. Este se apropriou da festa para poder ter controle sobre as massas, já que tal celebração valorizava os instintos carnais tão combatidos pela igreja. Modernamente, houve um afastamento da igreja com o carnaval.
São três dias de festa (exceto se você morar em Salvador). Seja na avenida, com os desfiles de escola de samba; seja nos bloquinhos de rua, cada cidade produz sua festança (em grande parte) com o dinheiro de nossos impostos, sendo essas uma das críticas a comemoração. Afinal, milhões de reais são gastos em desfiles e em shows para agradar os foliões.
Claro que isso também gera certo retorno financeiro, graças ao fluxo gigantesco de pessoas, sejam de brasileiros ou estrangeiros que prestigiam a folia.
O carnaval brasileiro é famoso no mundo inteiro: dizem que é mais famoso por conta das mulheres nuas que se exibem nos desfiles.
Uma da característica mais notáveis do carnaval são suas músicas. Contudo, elas têm ficado cada vez mais horrorosas e as mais antigas são achincalhadas pelo politicamente correto, como por exemplo: Maria Sapatão, Cabeleira do Zezé, Nega do Cabelo Duro, entre tantas outros que foram banidas.
Outro alvo deste inimigo da folia foi as fantasias, visto que homens se vestiam de mulher, brancos se pintavam de negro, etc. Vale ressaltar que algumas das críticas são válidas, porém, deve ser levado em conta o contexto histórico em que elas foram produzidas, colocando-as no seu tempo.
Sobrou até para a Globeleza, a mulher negra que tinha apenas uma pintura corporal e que sambava na abertura que anunciava o início das festividades na maior rede de TV da América Latina, a TV Globo.
Por falar nisso, outra coisa que dá o que falar são as escolas de samba com seus enredos e carros alegóricos, principalmente por abordar questões religiosas. Elas estão se tornando cada vez mais alvo de religiosos mais conservadores, que acusam a suposta adoração ao diabo adotada no carnaval. Um exemplo foi o caso da Gaviões da Fiel, em que sua comissão apresentava Jesus sendo vencido pelo diabo. Isso foi apontado por alguns ‘malucos’ como um presságio, outros até relacionaram isso com a pandemia de Covid-19 pela qual passamos entre os anos de 2020 e 2022.
Vejamos qual teoria conspiratória estes mesmos lunáticos criarão após o carro alegórico da Salgueiro neste ano...
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