Confira também: Editorial- A Ressaca Pós Eleição
Por João Gabriel Silva
Pelo menos em parte (a votação), pois agora vem a aceitação do resultado e o período de transição que se espera ser pacífico, mesmo com alguns ignóbeis querendo bagunçar um processo limpo e democrático. Seu líder ainda não se pronunciou: pelo menos, até o momento em que esse texto é escrito.
Uma eleição apertada e histórica, pois tínhamos duas figuras já usuais em nosso álbum de figurinhas, mas eram as que se tinham para o momento.
Duas visões de Brasil completamente diferentes, há que se dizer que muitos votaram na ideia do mal menor e não por acreditar em algum dos candidatos.
Lula venceu com um pouco mais de 60 milhões de votos, já o nosso Jair Bolsonaro ainda teve pouco mais de 58 milhões de votos. Os números não mentem: o pleito foi disputado até o fim fazendo as contas nas “pontas dos dedos”, já diriam os mais velhos.
Algo que é urgente de se mencionar: houve mais de 3 milhões de votos nulos, mais de 1 milhão de votos em branco e 32 milhões de abstenções. Devemos refletir esses dados para entendermos que muito da política brasileira precisa ser revista para os próximos anos.
A vida segue, aceitemos os resultados, comecemos a fiscalizar o novo governo que vai assumir, oremos para o ignóbil que ocupa atualmente o Palácio do Planalto aceitar o resultado de forma serena e fale aos seus asseclas para que também aceitem e não causem tragédias, como é de costume dessa caterva.
Com o presidente eleito, o Brasil voltou a ser bem quisto pelo mundo: coisa que foi abandonada nesses últimos quatro anos onde o país tinha alguém averso a qualquer diplomacia vestindo a faixa presidencial.
Líderes como os do Canadá, França, Portugal, Argentina, entre outros, ligaram imediatamente para o vencedor, mostrando que eles ansiavam por alguém que fosse realmente um diplomata, mesmo que tenha os seus defeitos e que precisam ser falados, mas isso vem ao seu devido tempo.
Os Estados Unidos, a maior democracia do mundo, foi rápida para parabenizar o vitorioso através do seu presidente Joe Biden que ligou, teve problema na ligação e fez questão de retorná-la no outro dia para continuar a conversa, tendo foco principalmente no meio ambiente e na Amazônia, matéria abandonada à própria sorte pelo mandatário atual.
No conjunto final dessa obra temos: um novo presidente, um Brasil dividido, uma esquerda vitoriosa, porém tendo que rever alguns pontos de sua ideologia; temos também uma extrema direita derrotada, contudo, com pequenas vitórias em alguns estados e com expressivo número no Congresso Nacional...
São pequenos detalhes como estes que vão dar trabalho para o andamento do programa do próximo governo.
Também temos a mostra de que muitas pessoas estão usando da religião (desvirtuada) para obter poder político e trazer pautas de costumes que querem apenas destruir a diversidade que existe no nosso povo.
A democracia mostrou que ainda tem vida e que a grande maioria a quer e a defende, entretanto, vemos que alguns Nosferatus emergiram das sombras e irão continuar maquinando e causando confusão. Precisamos nos manter vigilantes para elogiar o que está indo bem e cobrar os erros que virão, sempre com respeito à pluralidade que, dentro de uma democracia, é o que a mantém viva e pulsante.
E viva o Brasil!
Tags:
Opinião