OPINIÃO: UM DIA PARA OS NAMORADOS CHAMAREM DE SEU

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Por João Gabriel Silva

"O amor não é apenas um sentimento. É também uma arte"- Balzac

No dia 12 de junho, tradicionalmente se comemora o Dia dos Namorados no Brasil. A data foi criada pelo publicitário João Doria (pai do hoje político e também publicitário João Doria Jr.) como uma forma de lucrar com vendas de produtos em mais uma data festiva, ou seja, era apenas para atender as demandas comerciais da época. Isso foi no começo da década de 50, com um slogan chamativo: "Não é só com beijos que se prova o amor! E não se esqueçam: amor com amor se paga".
Inicialmente apenas em São Paulo, logo ganhou as outras regiões do Brasil. Bem, com isso, o nosso país se tornou exceção na comemoração dessa data, pois outros países a celebram no dia 14 de fevereiro, com o nome de Dia de São Valentim (Valentine's Day) em homenagem a um padre romano que, no século 3, enfrentou o imperador romano e celebrava casamentos escondidos.
Claudio II aboliu os casamentos naquele século por acreditar que homens casados viravam soldados piores. A ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no exército.
Isso é contado em alguns relatos, contudo há outras histórias que cercam essa data. Cabe salientar que inicialmente seria uma data para celebrar o amor que, talvez, seja o mais misterioso dos sentimentos, capaz de levar à loucura o mais são dos seres.
Há muitas definições sobre o amor: não é novidade que sua presença esteja envolvida na história da humanidade, contudo, o amor moderno tem um caráter mais mercadológico e vago de sentido. Zigmund Bauman falava de “amores líquidos”, ou seja, seria um sentimento que logo se desfazia. Eu tendo a acreditar nessa ideia, já que temos visto uma banalização cada vez maior do amor e também uma confusão entre amor e paixão.
Podemos entender que o amor é algo duradouro, verdadeiro e que tem força para resistir às maiores intempéries da vida. Já a paixão não, ela é algo vago, muitas vezes ilusórias, a materialização de um desejo de ocasião. Amar é um ato de coragem. Amar verdadeiramente, talvez, uma utopia.

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