Neste domingo, 24 de abril, os irmãos Abraham e Arthur Weintraub realizaram uma transmissão ao vivo no YouTube intitulada "Revelações". Nela participam também o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o jornalista Paulo Enéas, do portal Crítica Nacional. Esta transmissão ao vivo foi mais um capítulo da tensão criada entre o clã Bolsonaro e seus antigos apoiadores.
Abraham (que foi Ministro da Educação no governo Bolsonaro) e Arthur (que trabalhou como Assessor do Presidente Jair Bolsonaro) criticaram neste final de semana o decreto sancionado pelo chefe do Executivo na última quinta-feira, que concedia a "graça constitucional" ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Daniel foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal na quarta a 8 anos e 9 meses de prisão, com a cassação de seu mandato de deputado, a perda de seus direitos políticos por oito anos e ainda o pagamento de multa de R$ 211 mil (em nosso novo episódio do Podcast Cafezinho no streaming, YouTube e Rumble tem todos os detalhes: clique aqui e ouça agora). A edição deste decreto 24 horas após a decisão do STF, ainda que Daniel possa recorrer na corte, foi entendido por muitos como uma manobra de blindagem por parte de Bolsonaro. Parlamentares de oposição já questionaram a legalidade do decreto. Em um dos trechos da transmissão no Twitter, Abraham disse as seguintes palavras:
“Os precedentes que estão sendo criados são péssimos. Depois você vai querer comparar o que aconteceu com o Daniel [Silveira] com o cara lá na frente que tiver com corrupção”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, se ofendeu com as declarações dos irmãos Weintraub, chamando-os de "filhos da puta" em uma postagem no Twitter. Sobre essa ofensa, Abraham informou que faria a transmissão ao vivo no YouTube fazendo revelações que chocariam a maioria, e avisou a Eduardo que o processaria pelo que considerou uma ofensa pessoal à memória de sua mãe, já falecida. "Irei te encontrar e você não vai gostar", completou o ex-ministro.
Abraham e Arthur já haviam dito, durante a semana, que enquanto estavam nos Estados Unidos, foram ameaçados pelo próprio presidente Bolsonaro. Daí a transmissão ao vivo, para, segundo eles, expor essas e outras informações que ninguém sabe.
Até o fechamento desta matéria, a transmissão ao vivo ainda estava ocorrendo no YouTube. Assim que houver alguma novidade relevante, serão acrescentadas as devidas atualizações.