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Amanhã, 9 da manhã, tem episódio inédito do Podcast Cafezinho nas plataformas de streaming de áudio e em nosso canal no YouTube, com um resumo de tudo que já aconteceu até aqui entre Rússia e Ucrânia. Você pode clicar aqui e saber em quais plataformas de streaming estamos, ou ainda ouvir pelo nosso canal oficial no YouTube.
O Podcast Cafezinho com William Lourenço, que vem acompanhando desde a última quinta-feira a guerra iniciada com a invasão do exército da Rússia na Ucrânia, traz neste Cafezinho Expresso Especial um resumo com os acontecimentos mais importantes relacionados ao conflito nesta terça-feira, 1º de março de 2022:
- A Rússia intensificou seus ataques com mísseis no território ucraniano. Um prédio do governo ucraniano na cidade de Kharkiv e uma torre de transmissão de TV na capital Kiev foram derrubados. No prédio governamental, foram confirmadas 10 mortes e, na torre de TV, mais cinco. Prédios residenciais também foram atingidos, matando civis, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
- Mais cedo, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, exigiu, em tom entendido como de ameaça, que os Estados Unidos retirem suas armas e tecnologia nucleares dos países europeus, sobretudo aqueles que já pertenceram à antiga União Soviética. O discurso de Lavrov foi feito por video para a Conferência sobre Desarmamento em Genebra (Suíça), já que o espaço aéreo de todos os países membros da União Europeia foi fechado para qualquer aeronave russa e o ministro, com isso, foi impedido de entrar em solo suíço. No mesmo discurso, ele ainda disse que seu país está pronto para trabalhar com os americanos numa "estabilidade estratégica".
- O governo ucraniano defende que, para a próxima rodada de negociações com a Rússia, a China participe da mediação. O país comandado por Xi Jiping é aliado de Vladimir Putin, e até por isso, não quis citar o fato como uma "invasão russa", mas seu chanceler Wang Yi defende que ambas as partes conversem e cheguem a um acordo de cessar-fogo, e demonstrou preocupação com os civis tingidos, numa situação classificada somente como "deplorável". A manifestação não tão contundente pelos chineses tem uma explicação: esse conflito poderia servir como uma cortina de fumaça para eles finalmente tomarem o controle de Taiwan, só que como a ação de Putin na Ucrânia foi considerada precipitada e condenada por diversos países do mundo (e a China esperava o apoio da Rússia, incluindo militar, para sua própria ação em Taiwan), o país busca agir com mais cautela para não sofrer com sanções econômicas internacionais também.
- O presidente Jair Bolsonaro vem complicando ainda mais a situação diplomática do Brasil com a Ucrânia sobre a guerra com a Rússia. O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, declarou na manhã de hoje que a tal "imparcialidade" ou "neutralidade" citada pelo líder brasileiro "não pode ser aplicada em um conflito onde se sabe quem é o agressor". A falta de uma manifestação de solidariedade e de uma posição mais clara ao país comandado por Volodomyr Zelensky por parte de Bolsonaro, e a fala dele de que era solidário ao povo russo em sua visita a Moscou no mês passado, incomodam o diplomata ucraniano. Ainda mais levando em conta que a tal "neutralidade" que Bolsonaro defende é unicamente pela dependência dos fertilizantes da Rússia.
- Além das sanções econômicas anunciadas contra a Rússia, os Estados Unidos começaram a expulsar diplomatas russos de seu país. Doze integrantes da diplomacia do Kremlin, que estavam na missão da ONU, foram formalmente acusados pela Casa Branca de espionagem, atentando contra a segurança nacional americana. Eles passaram a ser considerados persona non grata em solo americano e terão de sair do país até esta segunda-feira. A Rússia já avisou que irá fazer o mesmo com os diplomatas americanos que estiverem em solo russo.
Seguimos acompanhando a guerra entre Rússia e Ucrânia e, surgindo qualquer novidade, traremos aqui em nosso site e demais perfis oficiais.