Dados divulgados pelo portal Tome Conta, do TCE-PE, apontam indícios de nepotismo e até tributos da instituição de ensino que não foram cobrados pela atual gestão |
A Câmara de Vereadores de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, aprovou na noite desta segunda-feira a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar irregularidades no recolhimento de tributos devidos à Fazenda Municipal pela Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (AESA).
O pedido foi assinado pelo vereador Rodrigo Roa (Avante) e aprovado pela casa. Mesmo com apenas quatro vereadores dos dez votando a favor da abertura do requerimento, o Regimento Interno da Câmara de Vereadores permite a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito havendo a assinatura de, no mínimo, um terço dos vereadores. Em seu pedido, dados do portal Tome Conta, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, apontam que a direção da instituição de ensino gastou pouco mais de R$ 1,2 milhão de um total de R$ 2,2 milhões sem dar a devida explicação sobre onde esses recursos foram aplicados.
Ainda foram citados o fato dos materiais usados na autarquia terem sido comprados nas lojas da Rede LW, que são de propriedade do atual prefeito Wellington Maciel (MDB), o que caracterizaria, no mínimo, um conflito de interesse; e um "apagão" no Portal da Transparência da instituição sobre o pagamento de tributos ao Município de 2016 a 2021.
Há também uma decisão judicial favorável à vereadora Célia Galindo, exigindo que a AESA fornecesse todas as informações necessárias a ela sobre a falta de transparência. Nem a instituição, nem a administração municipal, enviaram qualquer resposta à vereadora até o momento.